Começou no dia 07/09 a 33ª edição da Bienal de São Paulo no Pavilhão da Bienal. Projetado por Oscar Niemeyer em 1951, o local está ocupado por aproximadamente 600 obras de arte produzidas por quase cem artistas de várias partes do mundo. Até dia 09/12, os espectadores desta edição se deparam com a proposta de aproximar arte e público em uma exposição mais focada na experiência do público, dispensando discursos muito complexos. A organização do evento está dividida entre sete curadores responsáveis por idealizar coletivas que intercalam suas obras com nomes que os influenciam.
1. Sentido/Comum – Antonio Ballester Moreno (térreo)
O espanhol Antonio Ballester Moreno relaciona arte e natureza com trabalhos de artistas profissionais e não-profissionais;
2. A Infinita História das Coisas – Sofia Borges (1º andar)
A paulista Sofia Borges expõe obras que exploram o inconsciente e a incapacidade da linguagem de expressar a realidade;
3. O Pássaro Lento – Claudia Fontes (2º andar)
O espaço da argentina Claudia Fontes reúne instalações e vídeos que criticam o ritmo acelerado da contemporaneidade e contrapõem natureza e cultura;
4. Sempre Nunca – Wura-Natasha Ogunji (2º andar)
Composto apenas por obras de mulheres, o núcleo da americana Wura-Natasha Ogunji traz trabalhos que dialogam com o espaço expositivo e discutem território;
5. Aos Nossos Pais – Alejandro Cesarco (2º andar)
O uruguaio que discute linguagem e memória incorpora na ala artistas nascidos entre as décadas de 1920 e 1980. As obras exploram a repetição e a autoria;
6. Stargazer 2 -Mamma Andersson (3º andar)
A sueca Mamma Andersson evoca a melancolia em seu núcleo, que traz obras de artistas nascidos entre o fim do século 19 e os anos 1960, além de relicários russos;
7. Os Aparecimentos – Waltércio Caldas (3º andar)
O carioca Waltércio Caldas comanda um ambiente que mescla várias de suas esculturas a trabalhos formais de artistas que o influenciaram;
8. Individuais
Bruno Moreschi, Denise Milan, Lucia Nogueira , Luiza Crosman, Maria Laet, Nelson Felix, Siron Franco, Tamar Guimarães e Vânia Mignone (Brasil), Alejandro Corujeira (Argentina), Aníbal López (Guatemala) e Feliciano Centurión (Paraguai).
Ana Prata
Nascida em 1980, a mineira trabalha a pintura como meio de experimentação e usa diferentes técnicas, materiais e suportes.
Bruno Dunley
O fluminense, que nasceu em Petrópolis em 1984, tem como principal linguagem a pintura e produz obras mais próximas da abstração.
Sofia Borges
A artista-curadora, responsável pelo núcleo A Infinita História das Coisas, nasceu em 1984 e trabalha principalmente com fotografia.
Lhola Amira
Nascida em 1984, a sul-africana produz vídeos, fotos e instalações que discutem as condições sociais dos negros e as feridas do apartheid.
Ruby Onyinyechi Amanze
Nascida em 1982 na Nigéria, a artista é conhecida por seus trabalhos em papel. Neles, explora questões relacionadas ao hibridismo cultural.
Cameron Rowland
Discípulo de Duchamp, o americano nascido em 1988 se apropria de objetos cotidianos e subverte suas funções.
Sara Cwynar
A canadense, nascida em 1985, trabalha com fotos, colagens e instalações. Suas obras apostam geralmente em cores fortes e remetem a propagandas e catálogos.
Roderick Hietbrink
O holandês discute em seus trabalhos o confronto entre emocional e racional. Em “The Living Room” (2011), uma casa é invadida por uma árvore.
Tamar Guimarães
A mineira trabalha com narrativas que partem de abordagens pessoais e mesclam documentário e ficção. Na mostra, exibe um vídeo inédito.
Alejandro Cesarco
O artista-curador do núcleo Aos Nossos Pais explora em suas obras a repetição. Expõe, na Bienal, vídeos como “Learning the Language”, sobre linguagem.
Oliver Laric
Austríaco, Laric trabalha com temas relacionados à cultura pop. Seu vídeo “Betweenness” (2018) apresenta desenhos simples, em preto e branco, de diversos tipos de pessoas e animais.
Aníbal Lopez
O guatemalteco tem exposta a obra “Testimonio” (2012), que se propõe a apresentar a realidade da Guatemala pelos olhos de um assassino profissional.
Gunvor Nelson
Há dois vídeos da sueca: “Take Off” (1972), sobre uma stripper que vai se despindo de partes do próprio corpo, e “My Name Is Oona” (1969), que traz como protagonista sua filha.
John Miller e Richard Hoeck
O americano e o austríaco apresentam “Mannequin Death” (2015), em que o braço de um manequim empurra uma série de outros bonecos de um precipício.
Tunga
Um dos mais importantes artistas brasileiros, morto em 2016, tem esculturas e instalações expostas pela quinta vez em uma Bienal.
Claudia Fontes
Argentina, a curadora do núcleo O Pássaro Lento expõe uma instalação composta de pedaços de cerâmica etiquetados a palavras que podem ou não formar uma narrativa.
Lucia Nogueira
A goiana tem expostas esculturas e instalações que subvertem o uso de objetos cotidianos com o intuito de causar estranheza.
Mamma Andersson
Com referências que vão da pintura nórdica à arte folk, as obras da sueca —curadora do núcleo Stargazer 2— retratam paisagens e interiores.
Feliciano Centurión
Paraguaio morto em 1996, aos 34 anos, produziu principalmente bordados, em que retratou animais, expressou desejos e discutiu sexualidade.
Anthony Caro
Maior escultor britânico de sua geração, produzia suas obras em metal que exploravam o potencial da tridimensionalidade.
Waltércio Caldas
Escultor e desenhista, é artista-curador de Os Aparecimentos. Suas obras convidam o público a observar de diferentes perspectivas.
Antonio Ballester Moreno
O artista-curador do núcleo Sentido/Comum faz referência à natureza em obras como uma instalação em que pinturas de sua autoria dialogam com esculturas feitas por crianças dos CEUs.
Estação de Campo
Concebida pelo americano Mark Dion, a instalação foi composta a partir de várias aquarelas criadas como se fossem registros botânicos e produzidas pela equipe do próprio parque Ibirapuera.
Friedrich Fröbel
O pedagogo alemão estudou a importância dos brinquedos na formação da criança. A Bienal apresenta alguns desses itens.
Denise Milan
A paulistana, que trabalha com aspectos naturais, expõe uma instalação composta por pedras de cristais de diversas cores.
Vânia Mignone
A paulista tem a pintura e o desenho como linguagens artísticas. Em seus trabalhos, aposta em tons fortes e retrata personagens em cenas que levam o público a imaginar uma narrativa.
Ladislas Starewitch
O cineasta, roteirista e diretor de arte conhecido como um dos pioneiros da animação em stop motion tem exposto um vídeo que tem como protagonista um inseto.
Alejandro Corujeira
Argentino, o artista que trabalha principalmente com linhas e formas geométricas tem exposta uma instalação interativa que imita um labirinto.
Confira a agenda completa da 33ª no site oficial 😉