Elas podem ser robustas, condensadas, finas, cursivas, futuristas ou modernas. A tipografia em si possui história desde a Grécia antiga e aqui no Brasil, por sua vez também carrega suas implicações históricas quando, em 1747, Isidoro da Fonseca instalou no Rio de Janeiro uma tipografia, a qual chamou de segunda oficina, segunda, porque possuíra a primeira em Portugal. Isidoro era um famoso impressor em Lisboa, onde publicou obras como o “Exame de Artilheiros” e o “Exame de Bombeiros”, de autoria do Sargento-mor José Fernandes Pinto Alpoim.
Ao longo dos anos, as artes gráficas foram conquistando mais espaço ao redor do mundo e se tornaram indispensáveis no dia a dia – dificilmente é possível falar sobre design ou trabalhos visuais contemporâneos sem mencionar artistas que contribuem ativamente para que a magia continue acontecendo. A estadunidense Paula Scher é sem dúvida, um ícone vivo que tem sua obra espalhada em vários lugares do mundo e é mais comum encontrá-las do que se imagina.
Focada na arte de criar famílias tipográficas e voltada ao movimento pós-modernista, a designer não economiza talento ao executar seus trabalhos que estamparam inclusive capas de discos famosos como o primeiro álbum do Boston, onde a psicodelia era colocada em prática e, algo mais sutil e de alta qualidade como o Hard Rain do Bob Dylan.
Através de elementos gráficos, dá vida a peças magníficas incluindo também identidades visuais famosas em todo o mundo – Citibank, MoMA (The Museum of Modern Art) e Windows destacam-se no vasto portfólio de Paula.
Certa vez, quando questionada sobre sua carreira ao aceitar trabalhar em um departamento de arte consideravelmente menor, Paula Scher declarou: “Nunca tomei decisões de trabalho baseada em dinheiro. Dinheiro sempre foi um produto secundário do meu design. Hoje, quando tenho que fazer um trabalho que para mim é indiferente, mas pelo qual eu negociei um valor alto, o dinheiro nunca parece suficiente”.
Além disso, ela também escreve livros e incentiva, de maneira descontraída, jovens designers ou entusiastas a correrem atrás de seus sonhos. Em 2008 durante a apresentação de um TED, a artista brincou: “Eu acho que realmente está ficando muito difícil ser séria. Eu sou contratada para ser solene, mas eu acho mais e mais que eu sou solene quando eu não preciso ser. E nos meus 35 anos de experiência profissional, eu acho que eu fui verdadeiramente séria quatro vezes.” Assista:
Ficou curiosa para conhecer mais sobre a obra dela? A Netflix produziu, em 2017, um documentário pra lá de interessante chamado Abstract: The Art of Design. Dê uma conferida 😉