De cultura plural, contando com uma arquitetura de encher os olhos e historicamente conhecida por suas características marcantes, a Índia sempre esteve à frente quando se trata da preservação da fauna como um todo. Considerada a segunda maior população mundial, com aproximadamente 1,21 bilhões de pessoas e composta majoritariamente pelo sexo masculino, o país localizado ao Sul da Ásia mantém suas raízes budistas e hinduístas passando os ensinamentos através de gerações. Atualmente, a Índia tomou um passo importante que representa um progresso significativo: a proibição de pássaros em gaiolas.
Em 2018, o Tribunal Superior do Estado de Uttarakhand, anunciou que os animais têm os mesmos direitos que seres humanos. Segundo declaração publicada no The Indian Express, “a decisão indica que todo o reino animal incluindo as espécies de aves e aquáticas são declaradas entidades legais com personalidades distintas e com os correspondentes direitos, deveres e responsabilidades”. Isso então, reflete na crença de que as vacas são consideradas animais sagrados e protegidas por lei; proibidas de serem incomodadas, maltratadas ou mortas na Índia.
Recentemente, o país retornou a tomar mais uma decisão importante ao determinar que o encarceramento de aves em gaiolas é proibido. Tal iniciativa fora tomada pelo então juiz Manmohan Singh, que, em declaração, disse: “‘Tenho claro em minha mente que todos os pássaros têm os direitos fundamentais de voar nos céus e que os seres humanos não têm o direito de mantê-los presos em gaiolas para satisfazer os seus propósitos egoístas ou o que quer que seja”.
A corte recebeu inúmeras críticas após o posicionamento, mesmo com a tradição de respeito aos animais, retratando-se logo em seguida: “Eles merecem compaixão. Pássaros têm direitos fundamentais que incluem o direito de viver com dignidade e não podem ser submetidos à crueldade por ninguém”
Aqui no Brasil, por sua vez, ainda nos deparamos com listas de raças de aves que podem ser consideradas espécies domesticadas, colocando em contrapartida o respeito e afeto que deveria haver em relação à mãe natureza. O atual presidente, inclusive, defendeu a ideia de que a caça aos animais pode ser vista como um esporte saudável, atraindo a atenção de ativistas que lutam pela preservação do meio ambiente – e, após isso, desmentiu-se, mesmo com vídeo publicado na internet, evidenciando incoerência em suas declarações impensáveis.
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