Muito se fala sobre a preservação e a importância dos povos originários no Brasil, mas pouco se divulga em termos da cultura, ensinamentos e respeito a essas populações. Para ajudar a levar esses saberes tão ricos adiante, reunimos neste post indicações de livros sobre os indígenas latino americanos. Afinal, para entender melhor a luta, nada melhor que conhecer as histórias, tradições e costumes indígenas.
A lista abrange desde a cultura dos povos originários latino americanos até análises sobre a formação social do continente sul americano, passando ainda por romances, mitos e outras ricas histórias. Confira!
“Quem é índio no Brasil? Qual a sua situação no país? Que relação ele estabelece com o meio ambiente? Quais são as diferenças entre os índios de 1500 e os de hoje? Como eles vivem, que língua falam e onde vivem? Eles são brasileiros?” Essas e outras perguntas são tema do livro escrito pelo antropólogo e ex-presidente da Funai Mércio Pereira Gomes. Nesta obra, o autor mostra quem são os povos indígenas do país, quais são as políticas indigenistas desde a colonização, revela os interesses econômicos que desafiam os índios e rebate o discurso comum ao enfatizar o ponto de vista do índio. Em suma, o texto discute a história, o presente e os desafios para o futuro dos índios no Brasil.
Na apresentação deste livro, o autor, Daniel Munduruku, afirmou: “O Brasil é o país da diversidade cultural e linguística. Aqui em nossas terras, convivem mais de 250 povos diferentes, falando 180 línguas e dialetos, morando em todos os estados desse imenso país. São mais de 750 mil pessoas, segundo os últimos dados do IBGE, que buscam manter acesas as chamas de sua tradição e o equilíbrio de suas próprias vidas.” Os oitos contos selecionados pelo autor nesta publicação têm a intenção de retratar, por meio de seus mitos, a caminhada de alguns dos povos indígenas do norte ao sul do Brasil e sua importantíssima herança cultural.
Trata-se do relato de xamã Yanomami sobre a riqueza e as lutas dos povos da floresta. A obra traz um testemunho autobiográfico – um verdadeiro manifesto xamânico contra a destruição da floresta Amazônica. “A queda do céu foi escrito a partir de suas palavras contadas a um etnólogo com quem nutre uma longa amizade – foram mais de trinta anos de convivência entre os signatários e quarenta anos de contato entre Bruce Albert, o etnólogo-escritor, e o povo de Davi Kopenawa, o xamã-narrador”.
O livro é divido em quatro partes, que correspondem às quatro tradições da planície amazônica que mais influência tiveram na obra de autores sul-americanos: macro-caribe, tupi-guarani, sistema tukano-arauaque do Alto Rio Negro e arauaque ocidental. Um dos pontos fortes do estudo feito por Lucia Sá é inverter maniqueísmos que relacionem o “pensamento selvagem” à falta de discernimento ou sofisticação cultural. Não é à toa que a obra foi indicada ao Prêmio Jabuti, na categoria teoria e crítica literária.
Daniel Munduruku costuma afirmar: “Escrevo para me manter índio”. Partindo desse resgate, o autor foi à procura de indígenas de dez povos para coletar os contos tradicionais transcritos reunidos na publicação, trazendo para o leitor um pouco das crenças e tradições das populações que habitam o território brasileiro.
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