A natureza intuitiva, o espírito cativante e o poder da beleza feminina têm sido fonte de inspiração em todos os cantos do mundo. Celebrado anualmente no dia 08 de março, o Dia Internacional da Mulher frequentemente é relacionado a temas como a sensibilidade e a fragilidade feminina, deixando de abranger esse universo em sua totalidade.
Mais que apenas símbolos de beleza, elas vêm, cada vez mais, ocupando espaços na política, nas artes e no mercado, provando que são capazes de influenciar – e transformar – a realidade em que estão inseridas.
Para celebrar essa data, separamos algumas histórias de mulheres que encantam todos os dias, que modificaram a sua realidade e a sua vida para melhor e seguem inspirando outras mulheres a fazerem o mesmo.
De uma tradicional família do interior paulista com ascendência japonesa, Ume Shimada é símbolo de empreendedorismo e amor pelo que faz. Após a crise do mercado de chás, que quase extinguiu o que foi o sustento da família por décadas, ela decidiu reinventar o negócio e fundou, aos 87 anos, a Obaatian – que em japonês significa avó – marca de chás orgânicos artesanais, que leva toda a sua técnica e paixão.
A cidade de Registro/SP, onde ela mora, foi uma das principais fornecedoras de chá do país na década de 80, chegando a comercializar o produto para outros países. Com a crise e o crescimento de outros mercados, os chás perderam sua força e o empreendimento familiar ficou sem compradores. Depois de um tempo dedicando-se a outras atividades, Dona Ume, apaixonada pela terra e pelos chás, não desistiu do seu propósito e decidiu arregaçar as mangas. Passou a acompanhar todas as etapas de produção, desde a colheita até a venda final. O resultado foi um produto reconhecido até pelo governo do Japão, que já levou a marca para exposições no país e trouxe ao Brasil empresários interessados no processo produtivo da bebida.
Conheça melhor o trabalho da Obaatian: https://www.instagram.com/obaatian
Aos 8 anos, a pequena Ingrid, moradora de uma favela do Rio de Janeiro, foi aprovada para o projeto “Dançando para não dançar”, na Vila Olímpica da Mangueira, que oferece aulas de dança, idiomas e reforço escolar para crianças de baixa renda. Mal sabia ela que esse seria o início de uma transformação na sua vida. Primeira bailarina da companhia Dance Theatre of Harlem (DTH), de Nova Iorque, Ingrid, hoje com 30 anos, é fundadora da plataforma de empoderamento EmpowHer New York, e quer inspirar outras mulheres a conquistar seus sonhos.
A presença de bailarinos negros nunca foi algo comum no ballet clássico. Depois que ela e o irmão saíram do projeto e foram fazer aulas de dança em uma escola, é que se deram conta dessa realidade. Descoberta aos 18 anos, Ingrid fez uma audição para o DTH e carimbou seu passaporte para Nova Iorque, onde vive há mais de dez anos. Ingrid e os outros bailarinos da companhia – composta apenas por dançarinos negros – ficaram conhecidos no mundo todo por pintarem a sapatilha e as meias de marrom, para que elas se adequassem ao tom de sua pele e proporcionassem mais unidade visual no palco. Além do ballet, sua meta é inspirar e fortalecer outras mulheres por meio do compartilhamento de experiências e histórias.
Conheça melhor o trabalho de Ingrid: https://www.instagram.com/ingridsilva e https://www.instagram.com/empowher_ny/
A designer Tânia Piloto e a arquiteta Emika Takaki fundaram, em 2009, o atêlie …com Lola, marca de bonecos de tecido que tem como objetivo desenvolver ações de arteterapia vivencial para crianças e jovens em situação de risco ou vulnerabilidade social. Para as fundadoras, a missão da marca é ressignificar vidas.
Para cada boneco(a) vendido na loja virtual ou física, outro é doado. Mas o processo de doação não ocorre sozinho. Com uma metodologia terapêutica própria, elas realizam visitas a diversas organizações sociais, comunidades ribeirinhas, hospitais e favelas. O processo é realizado em três etapas: contação de história terapêutica, escolha do personagem e personalização do boneco. A ideia é possibilitar que as crianças e jovens projetem neles o seu interior e passem a ressignificar a sua história a partir dessa experiência. Dentre os personagens já criados pela dupla estão a Lola, o Dôdu e a Kik.
Conheça melhor o trabalho da …com lola: https://www.instagram.com/comlola/
Priscila Barbosa cria poesia visual em forma de desenho. De criança nostálgica a ilustradora foi um processo natural, já que até hoje ela se enxerga assim, e o desenho foi a forma encontrada para se expressar. Formada em artes visuais, ela trabalhou durante anos em estúdios de design, mas deixou de lado o trabalho formal para se dedicar inteiramente às criações autorais. Hoje, seus desenhos estampam as páginas das principais revistas femininas do país, como Folha Ilustríssima, Cosmopolitan, Mundo Estranho e Claudia.
Com tons e traços suaves, as ilustrações de Priscila trazem mensagens fortes, relacionadas ao feminismo, à política e principalmente à sexualidade feminina. Em suas obras, a cor rosa, comumente relacionada às mulheres, é cercada por elementos botânicos, rostos expressivos e mulheres em contato com o seu próprio ser. A ideia de Priscila é fazer com que todas se sintam representadas em suas figuras, sem a visão sexista e padronizada da sociedade.
Conheça melhor o trabalho de Priscila: https://www.instagram.com/priii_barbosa
Você pode conhecer essas e muitas outras histórias inspiradoras no Mulheres que inspiram, projeto feito para divulgar e enaltecer mulheres que fazem a diferença na sua vida e na vida de outras pessoas. E você, já inspirou alguém hoje? Compartilhe conosco a sua história 🙂